quarta-feira, 9 de junho de 2010

Um Mundial tipicamente africano

O Primeiro Mundial em solo africano e o segundo a ser disputado fora do tradicional circuito América-Europa (com exceção da competição mundial de 2002 que se realizou na Ásia). A Copa das Confederações 09 permitiu elaborar conclusões. Em principio, a população vive com grande paixão ao futebol e o torna evidente durante os jogos com o permanente soar das vuvuzelas (imagem acima) elemento indispensável no kit básico do torcedor sul-africano. São umas cornetas e plásticos que não deixam de tocar nem um segundo e deixaram loucas mais de uma pessoa com seu som que simula o dos elefantes, entre eles jornalistas e os próprios jogadores. O espanhol Xabi Alonso pediu de cara que fossem proibidas. Joseph Blatter, presidente da FIFA e principal incentivador da África do Sul como sede, recusou de forma decisiva: “Sabemos que incomodam, mas fazem parte da cultura deste país. Este país é assim, alegre e barulhento e queremos respeitar sua essência.”


A makarapa (imagem acima), capacete de mineiro decorado a gosto do portador, é outro elemento imprescindível que colore as arquibancadas. Apesar de existirem receios pela segurança, pela falta de hospedagem e pela precariedade do transporte, a terra das 11 línguas oficiais e os 4 prêmios Nobel da Paz (Frederik De Klerk, Albert Lutuli, Desmond Tutu e Nelson Mandela), saberá unir esforços para se comportar como excelente anfitrião. Como afirmou com lucidez Franz Beckenbauer, figura simbólica na organização da ultima Copa:
“Em 2006 fizemos um Mundial europeu, a África terá um Mundial tipicamente africano.”

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